domingo, 17 de julho de 2011

Lamas do futuro

Queria ver meu futuro branco
Como uma tela
Pronta para ser pintada.

Eu o vejo negro
Com sangue frio escorrendo
Numa poça imensa de desespero.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Eu perdi o meu medo da chuva

A chuva parecia garoa
Agora chove aluvião.
Eu nem a via
Achava que tanto chovia
E menos vivia, receava pneumonia!

Depois de tanto tempo temendo a aguaria
Sou pneumática, bronquítica, hipocondríaca...
Pelo menos me arrisco até sem guarda-chuva.

    (de um outro EU, distante.)